domingo, 16 de janeiro de 2011 | By: Rodrigo Pael

O Carnaval com Cristo e a criação de um mundo Hipócrita

Está muito cedo para falar em Carnaval? Não para os organizadores dos pavorosos Carnavais com Cristo de minha religião, a Igreja Católica. No último domingo, fui convidado a participar financeiramente do próximo Carnaval com Cristo de minha paróquia, de cara, recusei. Para mim este tipo de iniciativa é mais maléfica que benéfica.
A minha igreja, a cada ano, reedita a teoria criacionista, mas ao invés de criar um mundo que reserva sua beleza na diversidade e prova a sua humanidade na oportunidade do erro, cria em 4 noites, um ambiente fechado, sectário, preconceituosos, estereotipado e sem graça , o popular Carnaval com Cristo.
Acredito ser questionável um ambiente que não oportunize a resposta negativa às drogas e ao excesso do álcool, e priva os nossos jovens do contato com o Mundo exterior. Outro fator preocupante são as músicas pseudo-evangelizadoras, medíocres e mal elaboradas que animam tais encontros, creio que existam ambientes para esses festejos, que não são dentro de um Santuário.
Ao caminhar pela estrada erronia da generalização e do estereótipo, incentivado por ações como essas, assumo:  ficarei mais preocupado com meus filhos (quando eu os tiver, é claro) no contato com um apalermado religioso, descolado da realidade, que com um crítico, inteligente e intelectualizado usuário ponderado de bebidas alcoólicas.
Caso essa separação existisse em um Mundo real, eu, apaixonado pela minha religião, preferiria ficar do lado de fora e esperando os invejosos de minha verdadeira felicidade me convidado para a falsa alegria deles. Convenhamos, o Carnaval com Cristo soa falso...
No desespero para fechar a torneira de fieis, que cada vez mais escorrem para outras denominações, a Igreja Católica dá tiros no pé e caminha para o lado contrário do óbvio. O Católico tradicional, não quer festas bobas dentro de sua igreja, pois lá é lugar de culto, não é um clube social de mentirinha, o membro espera uma religião inteligente, crítica, politizada e próxima da realidade, enfrentando de frente problemas atuais.
Esse ambiente da perda de tempo poderia estar ocupado pelas propostas de organização social e, até mesmo, exercendo valoroso papel de controle externo de instituições, que hoje nos tiram o sono, ora pela corrupção, ora pelo mau funcionamento.
Acredito que o papel da Igreja católica e nós membros é muito maior, a energia dos jovens pode ser canalizada para outras ações, sem falsear a verdade. Até o carnaval

2 comentários:

Unknown disse...

Esqueceram do verso: "Vós sois sal da "terra."" Sal só salga se há um dissolvimento para misturar com a massa,ao contrario dos religiosos que querem ser sal grosso, diferenciados da massa e arrogantes, com presunção de estarem mais pertos de Deus. Isso acontecia na época do Jesus histórico, se chamavam fariseus,Cristo os cessurava em tempo constante.

abrço: wilian lucas

Willian Souto disse...

Sempre digo, mestre,que no mundo atual é a igreja (seja ela, Catolica, Protestante...) que se adapta aos costumes da sociedade e não ao contrário. Fato é que, a busca frenética por fieis provoca essa tipo de subserviência das igrejas.

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