Estudando um pouco da
história da rede mundial de computadores para uma aula que darei em Marketing e
Comportamento do Consumidor, alguns detalhes de sua evolução e da atualidade chamaram minha atenção e apontam para a vida da internet quase independente da ação humana. O que nasceu
como uma estratégia militar de comunicação e compartilhamento de informações em
uma batalha científica, em meio a Guerra Fria, hoje caminha livre, se
alimentando de forma colaborativa, ao mesmo tempo em que rende muito para
aqueles que sabem trabalhar com metadados.
Depois de sua vida na
caserna, a rede mundial de computadores se torna uma forma de acadêmicos de
novas tecnologia, tímidos, conhecerem gente, jogar e até paquerar. Na
atualidade, a internet rivaliza com os meios tradicionais de comunicação e
coloca no verbete de história muito do que aprendemos de teoria da comunicação.
O organograma matemático de
um emissor que se comunica para a massa já era algo questionável quando
interpretamos a comunicação como ambiente e quando levamos em consideração o
papel dos líderes locais formadores de opinião. Hoje isso não se configura mais
como prática. São milhares de emissores e emitem ou replicam uma mensagem, que
é compartilhada por um ou por vários, atraindo ex-leitores de jornal, revistas,
ex-telespectadores, dentre outros.
A mídia tradicional tenta se
reinventar, monta portais de notícias, disponibiliza seu conteúdo na internet,
porém enfrenta empresas que produzem conteúdo específico para a internet. Conteúdo
mais barato, mais acessível, em formato apropriado e pressionando ainda mais os
conglomerados.
A internet se popularizou
por meio do barateamento dos seus processos, ou seja, empresários
contemporâneos investem não apenas na tecnologia do artefato, mas também na tecnologia
social, barateando processos e popularizando possibilidades. Nunca a internet
foi tão barata e tão rápida. No que tange o aparato, ele está cada vez mais
autodidata. Um exemplo claro são os smartphones, que não vem mais com manual de
instrução. Não precisa, ninguém mais lê. Basta carregar a bateria, apertar um
botão e sair arrastando os dedos.
No espirito colaborativo, a
Wiki é a que chama mais a atenção na atualidade e comprova que a internet é um
a animal vivo. Nesta plataforma, qualquer um pode atualizar informações. Um exemplo desta alimentação é o Wikipédia, uma enciclopédia universal e um dos sites mais visitados. Para garantir a qualidade das informações, existem
alguns editores destacados para retirar publicações sem comprovação.
O surpreendente é que esses
editores são selecionados por algoritmos que atestam as publicações anteriores
destes que ainda não eram editores. Se seus textos tinham aprovação acima de 80%, se tornam editores. Ou seja, seres
humanos sendo escolhidos por um sistema para realizar um trabalho gratuito. A internet como um importante animal vivo.
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